sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Professores são a última resistência às novas tecnologias nas escolas

Para Sonia Correia dos Santos a presença das novas tecnologias nas escolas é uma realidade inquestionável. Um computador por cada 13 alunos do ensino básico e secundário, e acesso generalizado à Internet por banda larga, garante o Ministério da Educação. O problema, concordam professores e pedagogos, está na utilização que lhes é dada: pelos alunos, que muitas vezes se limitam a copiar conteúdos de forma acrítica, mas também pelos professores, uma classe envelhecida e ainda com muitas resistências à inovação tecnológica.
É por isso que aplicar a Internet como ferramenta de trabalho na escola exige "ousadia, criatividade, insistência, novidade, mas, principalmente, muita paciência". Foi o que mobilizou Jacinta Paiva, professora de Biologia da Escola Secundária Dr. João Lopes de Morais, em Mortágua, a constituir o "Projeto Emailice" (e-mail na comunidade educativa). O trabalho decorreu durante os anos letivos 2004/2005 e 2005/2006 e envolveu três turmas do 3.º ciclo de uma escola de Coimbra. O objetivo: usar o e-mail como plataforma de comunicação regular entre alunos, professores e pais.
Os resultados foram exemplares. Pais e professores não conseguiram adaptar-se com o mesmo à vontade que os alunos. "Nem tudo correu como pensávamos", reconhece Jacinta Paiva ao concluir que a relação escola-professores-pais "revelou-se difícil e algo reativa à inovação". Já entre os alunos, a experiência concretizou-se com "entusiasmo e eficácia". Uma das turmas envolvidas vai mesmo continuar o projeto no ano letivo que agora começa.
O problema dos alunos está no uso da Internet. Os chats, o messenger e os jogos são os ambientes em que mais se sentem à vontade. Mas perante a elaboração de uma pesquisa para um trabalho curricular "não têm critério para selecionar", constata Teresa Caetano, professora de Português e Inglês na escola de Ferreira do Alentejo. "Têm acesso a toda a informação, mas não a sabem digerir", acrescenta à docente. "Não são críticos em relação às matérias que encontram", para além de não terem "qualquer noção sobre a propriedade intelectual da informação." Com freqüência, "estas más buscas resultam em trabalhos muito extensos, copiados e repetidos".



Camal S. da Silva

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Uma educação voltada para o futuro com o auxílio da informática

Elaine Nascimento Fernandes
Graduada em Pedagogia pela Universidade Cidade de São Paulo, Mestranda em Psicopedagogia pela Universidade Santo Amaro. Consultora de Softwares Educacionais.
Email: elaine.nascimento@agenciaclick.com.br


Resumo

Este artigo tem como objetivo levantar a questão da educação informatizada e a importância de uma educação voltada para o futuro, possibilitando uma solução mais viável para uma verdadeira aprendizagem significativa.
Palavras Chaves: educação, informática, futuro

ABSTRACT  
 This article has as objective to raise the question of the computing in education and the importance of an education directed toward the future, being made possible a more viable solution for a true significant learning.
Key Words: education,computing,future.

   
Introdução  

Estamos vivendo num mundo globalizado, em que a tecnologia avança em nossa vida de maneira gradativa e se não buscarmos atualização em relação às novas tecnologias, perderemos não só a credibilidade, mas também, a interação com os alunos e com o mundo, pois a realidade deles faz parte deste cenário cheio de inovações e modernizações tecnológicas, estamos no século XXI, na pós-modernidade.
Em virtude da crescente complexidade das relações (valores novos), do pouco tempo entre uma mudança e outra (não mais décadas, mas anos e, às vezes, meses), que impõem a necessidade de formar para a flexibilidade e adaptabilidade a mudanças, novas necessidades que exigem formação adequada para dar conta desta vertiginosa demanda. Em um mundo em que a informação é extremamente valorizada, mas também extremamente banalizada, enfrentamos, em todos os níveis, um processo de transformação acelerada que nos assusta.
 Pois se antes, em termos de valores e de conhecimento, havia pouca ou nenhuma diferença entre uma geração e outra, hoje corremos o risco de estarmos defasados, desatualizados e confusos em relação às nossas certezas em um intervalo de tempo muito menor do que aquele que despendemos para constituí-las, e tal fato de forma alguma facilita a tarefa de educar, pois aumenta muito nossa angustia por controlar o tempo futuro.
 A presença do computador na educação é marcante e, acreditando na irreversibilidade deste fato, há que se pensar o computador com o cuidado de não dar-lhe o significado de redentor do sistema escolar, no sentido de instrumento da modernidade ou até da pós-modernidade que irá redimir a escola e, por si só, causar as transformações tão desejadas, tão sonhadas por educadores e cientistas da educação.
 O atual paradigma do sistema educacional coloca em discussão o contexto da revolução da informação que surge com o advento da Internet e da Tecnologia. A educação e as tecnologias, são dois campos que desde há muito, mantêm diálogos. Por vezes tenso, por vezes mais interativos.
Para aceitarmos a inovação tecnológica, devemos desmitificá-lo. Para acabar com o mito do computador, é preciso encará-lo como uma máquina semelhante a qualquer outra, criada e
manipulada pelo homem .
O uso do computador na educação tem sido alvo de debates e questionamentos. Na verdade, o que se discute não é o instrumento em si, mas a maneira de empregá-lo, que depende de uma concepção filosófica e de uma teoria de aprendizagem.
A Informática não só atua sobre o conhecimento, mas possibilita uma nova ferramenta que auxilia na aprendizagem, estimula o conhecimento e a criatividade, e  ainda possibilita sempre uma solução possível. Isso mantém a criança entusiasmada e concentrada por mais tempo. 
O computador representa uma grande interrogação sob o ponto de vista de possibilidades educativas. A posição que procuro tomar neste artigo é a de não subestimar nem a oportunidade de ganhos e nem o perigo de perdas, ambos presentes no fenômeno das tecnologias emergentes.
 
Contexto Social e a Nova Educação
 
Por Pós-modernidade  se entende o conjunto de características que demarcam uma nova "Era Histórica", o fim da modernidade do mundo contemporâneo e uma nova maneira de ver e se ver no mundo. E uma  mudança , para ocorrer, necessita de um processo lento de transformação de valores e costumes.
O primeiro passo para a Pós-modernidade não seria propriamente uma "tomada de poder", mas sim uma enorme Revolução Cultural.
O isolamento produzido pela Pós-modernidade vai encontrando eco na tecnologia, que facilitando mais ainda a "auto-suficiência" de cada um, cria um mar em volta de uma ilha. O conflito entre o mundo e o "eu", entre a realidade e a fantasia, se radicaliza na técnica Pós-moderna..
Podemos citar como exemplo a informática que se faz presente em nossas vidas.Há alguns anos atrás para pagarmos uma conta ou fazermos uma transferência de dinheiro tínhamos que ir até o banco, pegar uma imensa fila, hoje fazemos isto pela internet.Outro exemplo, para lermos o jornal tínhamos que ir até a banca para comprar, hoje podemos ler as noticias pela internet.
O que se percebe é que as novas tecnologias vêm causando mudanças importantes, inclusive no modo de produção e no mundo do trabalho.  Diariamente vemos máquinas cada vez mais sofisticadas substituindo o trabalho humano. 
Deparamos rapidamente com necessidades educacionais que não existiam até há pouco tempo atrás. O “novo homem” que se faz necessário formar exige uma nova escola, porque novos paradigmas se fazem presentes nesse momento social em que vivemos.
A escola  está inserida dentro de um contexto maior, que é a sociedade. Sabemos que reflete as relações sociais e a cultura que nela estão presentes e que, portanto, mudanças e transformações profundas no sistema educacional implicam em mudanças e transformações profundas na sociedade.
O computador facilita uma aprendizagem mais autônoma, no momento em que o professor ensina a processar a informação de maneira crítica e reflexiva, a trabalhar em grupos e a efetivar trocas.
    O computador serve para despertar a atenção dos alunos. Os alunos processam melhor o conhecimento quando aprendem ativamente como em trabalhos de campo ou interagido  com experimentos.
De acordo com a concepção de educação adotada, o computador assumirá um determinado papel na relação entre o aluno, o conhecimento e o professor.
Pensando nisso, não poso deixar de concordar com Levy quando diz que:Uma versão puramente ergonômica ou funcional da relação entre humanos e computadores não daria conta daquilo que está em jogo. O conforto e a performance cognitiva não são as únicas coisas em causa. O desejo e a subjetividade podem estar profundamente implicados em agenciamento técnicos. Da mesma forma que ficamos apaixonados por uma moto, um carro ou uma casa, ficamos apaixonados por um computador, um programa ou uma linguagem de programação ( 1993, p.56).Esta afirmativa faz-nos refletir não só sobre o uso do computador, mas sobre o auxílio da informática na educação. Da mesma forma não são somente as suas funcionalidades e suas possibilidades cognitivas que estão em jogo, mas sim,  a relação com os seres humanos, principalmente na relação à aprendizagem, o desejo e a subjetividade e o interesse pelo aprender.
Com a ajuda do computador, o sujeito desenvolve estruturas de pensamento mais flexíveis, permitindo abordar os problemas cotidianos de modo mais crítico e criativo.O educador e a visão da informática Para desenvolver o seu trabalho diário em sala de aula o professor dispunha, até pouco tempo atrás, de alguns recursos didáticos como o quadro-de-giz e outros meios audiovisuais.Ensinar com o auxílio da informática consiste em usar essa tecnologia como um recurso auxiliar no processo ensino-aprendizagem. O aluno deve ter a possibilidade de manipular o computador como um suporte para as suas descobertas.
Na escola, o computador deve ser usado não como um substituto do professor, mas como mais um recurso auxiliar de que ele dispõe para facilitar o desenvolvimento do trabalho pedagógico interdisciplinar. O computador não deve ser encarado também como uma panacéia, isto é, como um remédio para todos os problemas da educação escolar, mas sim, como apenas mais uma alternativa que se apresenta e cuja contribuição para o processo pedagógico exige, da parte do educador, uma análise crítica, em função das concepções e dos objetivos da educação.
Os softwares educacionais são elaborados para divertir enquanto ensinam. A idéia é a de fazer com que o sujeito aprenda o conceito, o conteúdo ou a habilidade embutida, através de uma brincadeira.
A utilização do computador como recurso de auxílio na construção do conhecimento, dentro e fora da sala de aula, torna-se uma realidade. Basta observarmos que a Internet está hoje, possibilitando infinidades de informações, serviços e outras atividades para toda comunidade. Quando falo de educação dentro e fora da sala de aula, refiro-me ao fato de que, se na escola ele utiliza o computador para fins educacionais, ele também pode utilizá-lo em casa para os mesmos fins: realização de uma pesquisa, fazer uma leitura; enfim, ele poderá se divertir, jogar, e sabe que aquela pesquisa que precisa fazer ou aquele tema que a professora deu, podem estar na Internet. É claro que essa conscientização depende muito de “um cuidar” pela qualificação do professor de informática e pelas práticas pedagógicas dos demais professores.
Uma consideração fundamental é que o computador torna-se um dos  recursos mediadores de uma aprendizagem dinâmica.Ele não estará substituindo o professor, mas auxiliando-o enquanto ferramenta interativa na construção da aprendizagem. Sendo assim utilizado pelo professor, vem a “enriquecer o ambiente das crianças para que as trocas simbólicas estimulem o funcionamento da representação mental.” (Fagundes, 1994, p.49). Não é diferente do que diz  Vygotsky (1989), sobre o funcionamento psicológico do sujeito e o conceito de mediação, enfocando que na relação do homem com a realidade, existem mediadores, que são ferramentas auxiliares.
Precisamos melhorar este ensino informatizado repensando a metodologia .Há uma infinidade de softwares (programas de computador) educativos para as mais diversas áreas: Matemática, Física, Português e outras; enfim, inúmeras possibilidades, muitas delas distribuídas gratuitamente pela Internet, que podem contribuir para uma aprendizagem dinâmica, interativa e prazerosa, dando um novo olhar aos discentes sobre o ambiente escolar, e assim, estará também vivenciando na sala ou fora dela a realidade da sociedade atual. O uso da Internet como ferramenta de pesquisa é fantástico! Museus podem ser visitados, bibliotecas virtuais, há uma infinidade de livros inteiros disponíveis na Internet, artigos, revistas, documentários, vídeos, todos estes recursos podem ser utilizados como fonte de pesquisa e de conhecimento do mesmo modo que os tradicionais livros, revistas e fitas de vídeos.
Não podemos esquecer dos critérios que devem ser inseridos no processo de educação através do computador. Exemplos: exigir os endereços dos sites visitados que fazem parte da pesquisa na bibliografia, é um exemplo de critérios que podem ser adotados para um controle e desempenho melhor e mais segura das atividades.
Por último, devemos entender que o problema maior da informatização das escolas não está no computador em si, nem na capacitação de professores para esta área. Percebemos que o problema pode estar na escola enquanto detentora do poder de manipulação da informação, os professores enquanto “detentores do saber”. Essa idéia faz-nos entender a rejeição que alguns professores/as demonstram quando lhes é proposta a possibilidade de trabalhar com computadores em suas práticas pedagógicas. Desta forma, principalmente com a Internet, a escola da informação deixa a desejar, pois o papel da escola e do professor numa instituição que utiliza a informática, não seria tanto o de divulgar as informações, já que para isso, dispomos de outros meios informatizados, mas seria sim, o de possibilitar a construção do conhecimento. Neste sentido, não existiria a necessidade de uma competição com os novos recursos da informação, mas descoberta e a construção de modo criativo e interpessoal, o conhecimento usando múltiplas e variadas modalidades de informação já disponíveis.
O que se percebe é que as novas tecnologias vêm causando mudanças importantes, inclusive no modo de produção e no mundo do trabalho. Diariamente vemos máquinas cada vez mais sofisticadas substituindo o trabalho humano. A massa de desempregados que aumenta assustadoramente é fruto não só da globalização da economia e da política neoliberal do capitalismo e da própria rearticulação do sistema capitalista mundial. Ela é, também, concretamente, fruto da substituição do trabalho humano pelo trabalho das máquinas.
O computador facilita uma aprendizagem mais autônoma, no momento em que o professor ensina a processar a informação de maneira crítica e reflexiva, a trabalhar em grupos e a efetivar trocas. O computador serve para despertar a atenção dos alunos. Os alunos processam melhor o conhecimento quando aprendem ativamente, experimentos ou interagindo com o computador. O valor do investimento aplicado pelas escolas não está no computador, mas na preparação dos profissionais da educação para melhor lidarem com essa tecnologia. É necessário que os educadores estejam capacitados e conscientes do seu papel, para que esse novo instrumento não se transforme apenas em um acúmulo quantitativo de informação, tornando-se um objeto a mais de instrução.
A eficácia do uso do computador na escola depende de uma idéia integradora que promova a aprendizagem significativa e a motivação, privilegiando a totalidade do estudo do objeto na tentativa de reduzir a fragmentação do saber. Pessoas que têm acesso a recursos que facilitam a aprendizagem, que são estimuladas a encontrarem soluções e a produzirem ou incrementarem seus conhecimentos acumulados, não têm fronteiras nem limitações em relação ao conhecimento.
O computador pode ser um poderoso recurso na área de informática educacional, mas para isso tem que ser usado com inteligência e eficácia e para tanto, é preciso que o educador desenvolva projetos que sejam coerentes com a proposta pedagógica da escola, que promovam a integração dos alunos, ajudem a desenvolver a cooperação entre eles, enriqueçam seus universos e que complementem os trabalhos desenvolvidos em sala de aula, através de uma linguagem diversificada.


Conclusão


A presença do computador na educação é marcante e, acreditando na irreversibilidade deste fato, há que se pensar o computador com o cuidado de não lhe dar o significado de redentor do sistema escolar, no sentido de instrumento da pós-modernidade que irá redimir a escola e, por si só, causar as transformações tão desejadas, tão sonhadas por educadores e cientistas da educação.
Colocar computadores nas escolas não quer dizer informatizar a educação, mas introduzir a informática como ferramenta de ensino dentro e fora da sala de aula. Isso sim, torna-se sinônimo de informatização da educação. Sabemos que a “chave-de-ouro” de uma verdadeira aprendizagem está na parceria (professor-aluno) e a construção do conhecimento nesses sujeitos interativos. Para haver um ensino significativo que abranja todos os educandos, as aulas precisam ser mais participativas, interativas, envolventes; os alunos devem se tornar “agentes” da construção de seu próprio conhecimento e o professor, por sua vez, estará utilizando a tecnologia para dinamizar as aulas e orientar os alunos na construção de seu saber.
Podemos afirmar que o computador por si só não melhora o ensino, apenas por estar ali presente na sala de aula. A informatização da escola só será eficiente e com bons resultados se for conduzida por professores preparados e que saibam quais objetivos pretendem alcançar.
O educador deve ter em mente que a tecnologia não é algo separado da sociedade e da cultura. As verdadeiras relações se travam entre uma multidão de agentes humanos que inventam, produzem e interpretam diversas técnicas. Lèvy afirma que “por trás das técnicas, no meio delas, agem e reagem idéias, projetos sociais, utopias, interesses econômicos, estratégias de poder em sociedade”.
Lèvy afirma que:
O cúmulo da cegueira é atingido quando antigas técnicas são declaradas culturais e impregnadas de valores, enquanto que as novas são denunciadas como bárbaras e contrárias à vida.    Alguém que condena a informática não pensaria nunca em criticar a impressão e menos ainda a escrita. Isto porque a impressão e a escrita (que são técnicas!) o constituem em demasia para que ele pense em apontá-las como estrangeiras.(1993, p.15)


A eficácia do uso do computador na escola depende de uma idéia integradora que promova a aprendizagem significativa e a motivação, privilegiando a totalidade do estudo do objeto na tentativa de reduzir a fragmentação do saber.
        Crianças que têm acesso a recursos que facilitam a aprendizagem, que são estimuladas a encontrarem soluções e a produzirem ou incrementarem seus conhecimentos acumulados, não têm fronteiras nem limitações em relação ao conhecimento.

Referências Bibliográfica:


 
ALMEIDA, F. J. de. Educação e Informática: os Computadores na Escola. São Paulo: Cortez, 1987. (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo, n.º 19).
LÉVY, P. A Máquina Universo: Criação, Cognição e Cultura Informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência: o Futuro do Pensamento na Era da Informática. São Paulo: Editora 34, 1996.
LÉVY, P. O Que é Virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
ZABALZA, M.A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artes
Médicas,  1998.

ALMEIDA, F. J. Para uma Pedagogia Política do Uso da Informática: A Educação brasileira como Instrumento Auxiliar no Processo de Ensino e Aprendizagem. São Paulo,1984. (Tese de Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica.
MORAES, M. C. B. O Paradigma Educacional Emergente. São Paulo, 1996. (Tese de Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica. 
SILVA, M. R. G. O computador e a alfabetização  : estudos das concepções subjacentes ao softwares para educação Infantil.  São Paulo,1999. (Tese de Doutorado) - Pontifícia Universidade Católica.
DUARTE, N. A individualidade para-si: contribuição e uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. Campinas, SP: Editora Autores  Associados, 1993.
PAÍN. Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre, Artmed.  4 ed. 1999
ALMEIDA, R. E Vaz, J. Comunicação e Difusão. Lisboa: Plátano Editora. (1995).
American Pschogical Association. (1994). Publication manual of the American Psychological (4th ed.). Washington, Dc: American Psychological Association
 Studies.http://dlis.gseis.ucla.edu/people/pagre/change.html








Postagem: Alexandrina Nunes

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O uso do Computador na Educação: a Informática Educativa

por Sinara Socorro Duarte Rocha*

Nos dias de hoje, tornou-se trivial o comentário de que a tecnologia está presente em todos os lugares, o que certamente seria um exagero. Entretanto, não se pode negar que a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas. Gradualmente, o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. Paulatinamente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional.
Na educação não seria diferente. A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a idéia de informática. O termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: “conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas.” (LUFT, 2006:365).
Almeida (2000: 79), estudioso do assunto, refere-se ao computador como “uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas.” Sendo, por conseguinte, um equipamento que assume cada vez mais diversas funções. Como ferramenta de trabalho, contribui de forma significativa para uma elevação da produtividade, diminuição de custos e uma otimização da qualidade dos produtos e serviços. Já como ferramenta de entretenimento as suas possibilidades são quase infinitas.
Através da Internet, é possível ignorar o espaço físico, conhecer e conversar com pessoas sem sair de casa, digitar textos com imagens em movimento (gifs), inserir sons, ver fotos, desenhos, ao mesmo tempo em que podemos ouvir música, assistir vídeos, fazer compras, estreitar relacionamentos em comunidades virtuais, participar de bate-papos (chats), consultar o extrato bancário, pagar contas, ler as últimas notícias em tempo real, enfim, trabalho e lazer se confundem no cyberespaço.
Embora seja um instrumento fabuloso devido a sua grande capacidade de armazenamento de dados e a facilidade na sua manipulação não se pode esquecer que este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos, e por isso é importante que se lance sobre o mesmo um olhar crítico e se busque, face às teorias e práticas pedagógicas, o bom uso desse recurso. O mesmo só será uma excelente ferramenta, se houver a consciência de que possibilitará mais rapidamente o acesso ao conhecimento e não, somente, utilizado como uma máquina de escrever, de entretenimento, de armazenagem de dados. Urge usá-lo como tecnologia a favor de uma educação mais dinâmica, como auxiliadora de professores e alunos, para uma aprendizagem mais consistente, não perdendo de vista que o computador deve ter um uso adequado e significativo, pois Informática Educativa nada tem a ver com aulas de computação.
Valente (1993: 16) esclarece que “na educação de forma geral, a informática tem sido utilizada tanto para ensinar sobre computação, o chamado computer literacy, como para ensinar praticamente qualquer assunto por intermédio do computador”. Assim, diversas escolas têm introduzido em seu currículo escolar, o ensino da informática com o pretexto da modernidade. Cada vez mais escolas, principalmente as particulares, têm investido em salas de informática, onde geralmente os alunos freqüentam uma vez por semana, acompanhados de um monitor ou na melhor hipótese, de um estagiário de um curso superior ligado à área, proficiente no ensino tecnicista de computação.
Deste modo, ao invés de aprender a utilizar este novo aparato tecnológico em prol de aprendizagem significativa e do acesso universal ao conhecimento, os alunos eram e ainda são “adestrados” no uso da mais nova tecnologia computacional, em aulas descontextualizadas, sem nenhum vínculo com as demais disciplinas e sem nenhuma concepção pedagógica.
Na mesma linha de raciocínio, proliferam em todo país, escolas especializadas no ensino de Informática, na qual o uso da máquina é o principal objeto de estudo, ou seja, o aluno adquire conceitos computacionais, como princípios de funcionamento do computador, noções de hardware e software, além de uso sociais da Tecnologia de Informação e Comunicação – TICs. Entretanto, a maior parte dos cursos oferecidos nessa modalidade podem ser caracterizados como tecnicistas, ou seja, de conscientização do estudante para o uso da informática enquanto técnica, habilitando-o somente para utilizar o equipamento, em nome de uma pseudo-educação profissional que visa somente a formação tecnológica, em detrimento da educação cidadã.
A maioria dos docentes destes cursos, sequer tem formação universitária em Centros de Educação, são inexperientes, tem pouco conhecimento de didática e das teorias pedagógicas, enfim, acabam trazendo para sala de aula, o improviso e as práticas de ensino mecanicistas e repetitivas de cunho tradicionalista sem qualquer preocupação com o desenvolvimento cognitivo de seus alunos. Essa visão de informática pouco altera a realidade educacional, já que traz em seu bojo, um laboratório pouco dinâmico, “engessado” em apostilas estáticas cujas atualizações, quando ocorrem, desvirtuam a verdadeira função social da escola, pois, impossibilitam a construção do conhecimento e a troca de saberes.
A esse respeito, comenta Valente (2003:06) “isto tem contribuído para tornar esta modalidade de utilização do computador extremamente nebulosa, facilitando sua utilização como chamarisco mercadológico”.[1] Certamente esse não é o enfoque da Informática Educativa e, por conseguinte, não é a maneira como a tecnologia deve ser usada no ambiente escolar.
A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está construindo. (BORGES, 1999: 136).
A Informática Educativa privilegia a utilização do computador como a ferramenta pedagógica que auxilia no processo de construção do conhecimento. Neste momento, o computador é um meio e não um fim, devendo ser usado considerando o desenvolvimento dos componentes curriculares. Nesse sentido, o computador transforma-se em um poderoso recurso de suporte à aprendizagem, com inúmeras possibilidades pedagógicas, desde que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos metodológicos e didáticos, e principalmente que se repense qual o verdadeiro significado da aprendizagem, para que o computador não se torne mais um adereço travestido de modernidade.
Aliás, esta é principal preocupação dos pesquisadores: se a inserção da informática no âmbito escolar de fato traga inovações com benefícios a todos os envolvidos ou se o computador é apenas mais um modismo passageiro, como ocorreu com o Telensino. O Telensino foi uma modalidade de ensino, uma experiência de utilização da tecnologia, em particular da televisão em sala de aula que se iniciou em 1974, mas foi na década de 90 implementada em todo o Estado do Ceará, atingindo cerca de 300.000 alunos. Esta proposta permitiu ampliar o número de matriculas e universalizar o ensino fundamental principalmente em regiões interioranas do Estado. As escolas foram bem equipadas e os professores foram treinados a ser tornarem orientadores de aprendizagem, contudo a falta de assistência técnica, de objetivos claros, de uma metodologia apropriada à realidade local, a falta de material didático (faltavam desde manuais de ensino, fitas cassetes com as aulas, energia elétrica) sem contar o fato do mesmo ter sido implementado de forma unilateral, sem uma reflexão conjunta com professores e alunos, tornou o Telensino uma tentativa fracassada de inserção da tecnologia de informação na sala de aula.
Borges Neto (1999) ao analisar o fenômeno brasileiro de informatização escolar percebeu que a falta de planejamento era a tônica reinante. Segundo o autor, este processo ocorria de forma segmentada, descontextualizada e nuclear, ou seja, adapta-se uma sala para receber os computadores, a famosa sala de informática, contratava-se um especialista (geralmente indicado por um órgão desvinculado da prática educativa), fazia-se um marketing junto à comunidade escolar, e, enfim, reordenava-se a grade curricular para acomodar as aulas de informática. Enquanto que para o professor de sala de aula (polivalente ou hora-aula), tal processo ocorria desapercebidamente, pois continuava dentro da sua triste realidade, turmas superlotadas, alunos desmotivados, falta de material didático, tendo como únicas ferramentas tecnológicas: o quadro negro, o giz, a voz e quando muito, o livro didático. 
Segundo Valente (1993: 01) “para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno”, sendo que nenhum se sobressai ao outro. O autor acentua que, “o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador” (p.13). 
Quando o próprio aluno cria, faz, age sobre o software, decidindo o que melhor solucionaria seu problema, torna-se um sujeito ativo de sua aprendizagem O computador ao ser manipulado pelo indivíduo permite a construção e reconstrução do conhecimento, tornando a aprendizagem uma descoberta.. Quando a informática é utilizada a serviço da educação emancipadora, o aluno ganha em qualidade de ensino e aprendizagem.
A mudança da função do computador como meio educacional acontece juntamente com um questionamento da função da escola e do papel do professor. A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem. Isso significa que o professor precisa deixar de ser o repassador de conhecimento – o computador pode fazer isso e o faz tão eficiente quanto professor – e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno. (VALENTE, 1993: 06).
A chegada das tecnologias no ambiente escolar provoca uma mudança de paradigmas. A Informática Educativa nos oferece uma vastidão de recursos que, se bem aproveitados, nos dão suporte para o desenvolvimento de diversas atividades com os alunos. Todavia, a escola contemporânea continua muito arraigada ao padrão jesuítico, no qual o professor fala, o aluno escuta, o professor manda, o aluno obedece.  A chegada da era digital coloca a figura do professor como um “mediador” de processos que são, estes sim, capitaneados pelo próprio sujeito aprendiz. Porém, para que isso ocorra de fato, é preciso que o professor não tenha “medo” da possibilidade de autonomia do aluno, pois muitos acreditam que com o computador em sala de aula, o professor pede o seu lugar.
Pelo contrário, as máquinas nunca substituirão o professor, desde que ele re-signifique seu papel e sua identidade a partir da utilização das novas abordagens pedagógicas que as tecnologias facilitam.  A adoção das TICs em sala de aula traz para os educandos, muitos caminhos a percorrer e para isso é preciso a presença do professor, pois é ele quem vai dinamizar todo este novo processo de ensino-aprendizagem por intermédio dessa ferramenta, explorando-a ao máximo com criatividade, conseguindo o intuito maior da Informática Educativa: mudança, dinamização, envolvimento, por parte do aluno na aprendizagem. Entre as vantagens potenciais desta modalidade na escola, está o fato desta:
(...) a) ser ‘sinônimo’ de status social, visto que seu usuário, geralmente crianças e adolescentes, experimentam a inversão da relação de poder do conhecimento que consideram ser propriedade dos pais e professores, quando estes não dominam a Informática; b) possibilitar resposta imediata, o erro pode produzir resultados interessantes; c) não ter o erro como fracasso e sim, um elemento para exigir reflexão/busca de outro caminho. Além disso, o computador não é um instrumento autônomo, não faz nada sozinho, precisa de comandos para poder funcionar, desenvolvendo o poder de decisão, iniciativa e autonomia; d) Favorece a flexibilidade do pensamento; e) estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico, pois diante de uma situação-problema é necessário que o aluno analise os dados apresentados, descubra o que deve ser feito, levante hipóteses, estabeleça estratégias, selecione dados para a solução, busque diferentes caminhos para seguir; f) Possibilita ainda o desenvolvimento do foco de atenção-concentração; g) favorece a expressão emocional, o prazer com o sucesso e é um espaço onde a criança/jovem pode demonstrar suas frustrações, raiva, projeta suas emoções na escolha de produção de textos ou desenhos.  (FERREIRA, 2002:29)
A utilização da Informática Educativa pode juntar elementos da educação formal com outros da não formal, beneficiando tanto o aspecto prático dos meios não formais quanto a teoria mais generalizada presente nos meios acadêmicos. Por intermédio de sites na Internet, por exemplo, pode trazer para dentro da sala de aula, filmes ilustrando a vida de grandes vultos do passado, ou documentários detalhando as etapas no desenvolvimento de seres vivos, dentre outros.
A Internet possibilita um intercâmbio entre localidades distantes, gerando trocas de experiências e contato com pessoas de outros países. Essas “pontes” que hoje existem entre diferentes mundos representam o único meio de acesso para quem não vive perto dos grandes centros urbanos. Somente nas grandes cidades pode-se conviver diretamente com a informação, ou seja, uma fatia minoritária de pessoas tem acesso à educação de qualidade, pois tem acesso à universidade, bibliotecas, laboratórios, teatros, cinemas, museus, centros culturais etc. É necessário, deste modo, democratizar o acesso ao conhecimento, às tecnologias da informação e da comunicação, seja para a formação continuada dos professores, seja para o enriquecimento da atividade presencial de mestres e alunos.
A democratização do acesso a esses produtos tecnológicos é talvez o maior desafio para esta sociedade demandando esforços e mudanças nas esferas econômica e educacional. Para que todos possam ter informações e utilizar-se de modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço político. Como as tecnologias estão permanentemente em mudança, a aprendizagem contínua é conseqüência natural do momento social e tecnológico que vivemos, a ponto de podermos chamar nossa de sociedade de “sociedade de aprendizagem”. Todavia, a utilização de ferramentas computacionais em sala de aula, ainda parece ser um desafio para alguns professores que se sentem inseguros em conciliar os conteúdos acadêmicos com instrumentos e ambientes multimídia, os quais ainda não têm pleno domínio.
Certamente, o papel do professor está mudando, seu maior desafio é reaprender a aprender. Compreender que não é mais a única fonte de informação, o transmissor do conhecimento, aquele que ensina, mas aquele que faz aprender, tornando-se um mediador entre o conhecimento e a realidade, um especialista no processo de aprendizagem, em prol de uma educação que priorize não apenas o domínio dos conteúdos, mas o desenvolvimento de habilidades, competências, inteligências, atitudes e valores.
A utilização das TICs no ambiente escolar contribui para essa mudança de paradigmas, sobretudo, para o aumento da motivação em aprender, pois as ferramentas de informática exercem um fascínio em nossos alunos. Se a tecnologia for utilizada de forma adequada, tem muito a nos oferecer, a aprendizagem se tornará mais fácil e prazerosa, pois “as possibilidade de uso do computador como ferramenta educacional está crescendo e os limites dessa expansão são desconhecidos” (VALENTE, 1993: 01).
Compete ao professor e aluno explorarem ao máximo todos os recursos que a tecnologia nos apresenta, de forma a colaborar mais e mais com a aquisição de conhecimento. Ressalta-se ainda que o educando é antes de tudo, o fim, para quem se aplica o desenvolvimento das práticas educativas, levando-o a se inteirar e construir seu conhecimento, por intermédio da interatividade com o ambiente de aprendizado.   
É papel da escola democratizar o acesso ao computador, promovendo a inclusão sócio-digital de nossos alunos. É preciso também que os dirigentes discutam e compreendam as possibilidades pedagógicas deste valioso recurso. Contudo, é preciso estar conscientes de que não é somente a introdução da tecnologia em sala de aula, que trará mudanças na aprendizagem dos alunos, o computador não é uma “panacéia” para todos os problemas educacionais.
As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que se promova a construção do conhecimento. Conhecimento, não como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa seu próprio conhecimento.
O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo educacional como um todo

  
Referências

ALMEIDA, M E de. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
BORGES NETO, H. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Revista Educação em Debate, ano 21, v. 1, n. 27, p. 135-138, Fortaleza, 1999.
FERREIRA, A. L. D. Informática educativa na educação infantil: Riscos e Benefícios. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará-UFC, 2000. Monografia (Especialização em Informática Educativa)..
LUFT, C.P Dicionário Luft. São Paulo: Atica, 2006.
VALENTE, J. A. Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP. 1993.

WEBSITES:

ROCHA, Sinara O uso do Computador na Educação: a Informática Educativa.  In:
http://www.espacoacademico.com.br/085/85rocha. Acesso em 27.09.2011 ás 08:48 hs.

Postagem: Natália Gonçalves